Apocalipse nos trópicos (agora transmitindo na Netflix) é um documentário pesado e pesado, o acompanhamento do diretor brasileiro Petra Costa em 2019, Nominee Oscar-Nominee A vantagem da democracia. Para o primeiro filme, Costa teve acesso impressionante ao presidente brasileiro Luiz Ignacio Lula da Silva e seu sucessor, Dilma Rousseff, ambos do Partido dos Trabalhadores de Esquerda-e viu o primeiro ser preso, este último foi impeachment e o homem militar de extrema direita, Jair Bolsonaro, levou a presidência, levando o país ao país e o turmo político. Com Apocalipseo cineasta ilustra o vínculo entre a extrema direita e o movimento fundamentalista cristão no Brasil e como a crença dos evangélicos no final dos tempos contribui para a erosão contínua da democracia.
A essência: Igualmente fascinante que o conteúdo deste filme é como Costa, cujos pais eram ativistas liberais na década de 1970, ganham acesso repetido ao Silas Malafaia, um evangelista de TV brasileiro que se sente representado neste médico como um dos marionetistas de Bolsonaro. A câmera dela senta -se com ele durante o café da manhã em sua casa elegante, segue -o para comícios políticos e religiosos – que propositadamente se misturam – e o captura ao volante do BMW, reclamando de um motociclista cuja condução errática de Malafaia se interessa como uma forma de perseguição religiosa. Está longe de ser um retrato lisonjeiro da Malafaia, que representa o movimento cristão fundamentalista em rápido crescimento do Brasil, que é cada vez mais influente na política do país. O grupo provou ser o ponto de inflexão para a eleição de 2018 de Bolsonaro para a presidência, e Malafaia gosta de receber crédito por isso. E por este documentário, ele não está errado.
Como ela fez com A vantagem da democraciaCosta freqüentemente permanece em imagens sagradas para os brasileiros, narrando poeticamente o vencer sobre a aderência muito tênue do Brasil sobre a democracia. A chave, ela afirma, é o embaçamento acentuado da igreja e do estado, especificamente no que diz respeito à população evangélica. Sua câmera estuda pinturas medievais que descrevem os eventos do Livro das Revelações, quando Jesus retorna à Terra e o Armagedom começa, com os não -crentes sendo massacrados por demônios. É isso que os evangélicos acreditam, e Petra afirma que o subtexto do movimento parece assim: eleger um despot caótico como Bolsonaro acelerará a chegada dos tempos finais, encerrando o sofrimento de nossa realidade atual e criando o céu na terra.
A Costa rastreia a história do movimento para a intervenção dos EUA, seja o evangelista Billy Graham pregando para dezenas de milhares de brasileiros na década de 1960 ou a CIA minando movimentos católicos que pressionaram pela justiça social para os pobres. Ela apresenta a idéia de dominionismo, empurrada por Malafaia, que determina que os evangélicos devem assumir os três ramos do governo democrático. Ela mostra como a resposta de Bolsonaro à pandemia de Covid não era ciência, mas a oração – oração que não fez nada para impedir centenas de milhares de brasileiros de sucumbir ao vírus. Ela segue Lula da Silva quando ele foi libertado da prisão – as acusações que ele enfrentou foram instáveis, mais políticas do que legais – e corre contra Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022. Sua câmera está na rua como a campanha dos indicados, a secularista Lula se inclinando para os eleitores religiosos para obter seu apoio. Ela observa como a eleição regular segue para um escoamento, que Lula vence, levando a Malafaia e Bolsonaro a se enfurecer, negando os resultados das eleições e incitando uma tentativa de insurreição na capital.
Que filmes vai te lembrar?: Um dos melhores filmes absolutos de 2024 – Eu ainda estou aquiuma biografia de Eunice Paiva e dramatização fascinante da perseguição política durante o regime da junta no Brasil dos anos 1970.
Desempenho que vale a pena assistir: Bem, é mais audição Costa do que vê-la-sua narração é tão profunda quanto a de Werner Herzog, e seu acesso a figuras-chave na política brasileira é quase miraculoso. (E sim, eu gosto totalmente da ironia dessa afirmação.)
Diálogo memorável: Costa em Bolsonaro: “Quando eu o filmei pela primeira vez, ele estava com mais de extrema direita, correndo em direção a qualquer câmera”.
Sexo e pele: Nenhum.
Nossa tomada: Apocalipse nos trópicos é o passo progressivo lógico de Costa depois A vantagem da democraciaque era tão pessoal para as emoções e experiências do cineasta quanto revelador quanto à ascensão de tendências fascistas no Brasil. Obviamente, o conflito político que ela documenta reflete o de muitos outros países, talvez mais do que os EUA, com a negação das eleições inspiradas em Trump e a insurreição precedindo o Brasil por dois anos e a presença de pensamento evangélico na política ganhando destaque durante o regime de George W. Bush.
Por isso, obtemos observações divertidas – Lula faz seu próprio café enquanto Malafaia é servido festas abundantes – agitadas em uma narrativa preocupante na qual o uso potencial de força militar de Bolsonaro contra seu próprio povo é equiparado aos primeiros passos de uma guerra santa. Costa lamenta o controle cada vez mais problemático da democracia em seu país, e seu olhar é inabalável, pois a câmera captura os apoiadores de Bolsonaro orando nas ruas na noite das eleições – e os apoiadores de Lula fazendo o mesmo. De quem as orações serão respondidas? A vitória de Lula foi um vislumbre de esperança, mas através das lentes de Costa, não parece reconfortante. As pessoas e sua crença bizarra na destruição justa não desapareceram. A vitória para o Partido dos Trabalhadores pode não ter nada, mas um Speedbump a caminho do amado apocalipse do evangélico. O documentário conclui não com uma celebração, mas uma triste leitura da destruição no edifício da capital após a tentativa de insurreição. Agora o quê?as imagens parecem dizer. Agora o quê?
Nossa chamada: Apocalipse nos trópicos é um retrato fascinante e assustador da parede em ruínas entre a igreja e o estado, cuja separação é absolutamente fundamental para a democracia. Transmita.
John Serba é escritor freelancer e crítico de cinema com sede em Grand Rapids, Michigan.