Uma Obra que Desafia Gêneros
Seis meses após assistir a Pecadores, dirigido por Ryan Coogler, a cena em que Hailee Steinfeld cospe na boca de Michael B. Jordan ainda ecoa na memória. O longa, ambientado no Mississippi dos anos 1930, combina elementos de terror, musical e romance, criando uma narrativa única sobre amor, racismo e redenção.
Enredo e Personagens
Os gêmeos “Smoke” e “Stack” (ambos interpretados por Jordan) retornam à cidade natal após anos como gângsteres em Chicago, decididos a abrir um juke joint para a comunidade negra local. Reencontram seus antigos amores: Annie (Wunmi Mosaku) e Mary (Steinfeld). Enquanto Smoke reconecta-se com Annie após uma tragédia familiar, Stack revive a paixão por Mary, cuja identidade racial gera conflitos.
Crítica Social e Simbolismo
O filme expõe as cicatrizes do racismo, como a decisão de Stack de afastar-se de Mary para protegê-la — um ato que, ironicamente, precipita seu destino trágico. A trama ganha tons sobrenaturais quando vampiros liderados por Remmick (Jack O’Connell) invadem o juke joint, transformando Mary em uma criatura da noite.
A Cena que Define o Filme
O momento em que Mary, agora vampira, cospe na boca de Stack durante um ato de intimidade é visceral e simbólico. A saliva, antes trocada em beijos, torna-se uma arma de dominação e entrega. A cena encapsula a dualidade do filme: violência e erotismo, amor e perda.
Conclusão Impactante
O desfecho revela Smoke sacrificando-se contra a Klan, enquanto Stack e Mary sobrevivem como vampiros, condenados a uma eternidade juntos. Apesar da escuridão, há poesia em sua união — e, é claro, mais cuspes.
Qual é o tema central de “Pecadores”?
O filme explora amor, racismo e identidade através de uma lente sobrenatural, misturando terror, musical e drama histórico.
Por que a cena do cuspe é tão marcante?
Ela simboliza poder e submissão, transformando um ato íntimo em algo agressivo e erótico, refletindo a dinâmica entre os personagens.
“Pecadores” é baseado em uma história real?
Não, mas o filme usa elementos históricos, como a segregação racial nos anos 1930, para construir sua narrativa ficcional.

